quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ainda, em trânsito




Ainda, em trânsito
17 Novembro 2007 às 16:59

Pois é! Com a necessidade de renovar minha Carteira Nacional de Habilitação, como todo mundo agora, fiz meu cursinho no CFC e (re) aprendi umas coisinhas bem interessantes! Fiz o exame e passei, mas o que me embaralhou um pouco foi tentar ver nas ruas e na conduta dos motoristas (e pedestres) reais, um pouco de tudo aquilo que está aconselhado nos manuais de trânsito. E aí, pouca coisa combina! Tá escrito uma coisa e a gente faz outra!!!

As pessoas agem como se estar no trânsito fosse uma condição com o qual a gente já nasce e não precisa aprender, aprimorar e respeitar. Principalmente, os outros, claro! Nas ruas o que a gente mais vê é o que não deve ser feito; os motoqueiros são campeões – me desculpem os que são exceção à regra - mas parece que eles estudaram o manual pra fazer exatamente tudo que não é permitido. Quando acho um que respeita o trânsito, os pedestres, ou condutores e outros motoqueiros, fico querendo dar sinal pra ele encostar e me dar e-mail ou telefone. Pra mandar flores e parabéns! Aí eu penso: será que só eu é que estou vendo porque estudei o manual? Pode ser.

De qualquer forma, uma das coisas curiosas que estudei foi o comportamento dos motoristas – a tipologia. E´engraçado como sem querer, a gente vai se lembrando de alguém que já conhecemos – e somos os últimos a ser reconhecidos, evidente ! Divulgo aqui, para o leitor prestar atenção no que vai encontrar em trânsito... e ficar esperto!

Condutor Ansioso – caracterizado pela falta de concentração;
Condutor Angustiado – também possui falta de concentração e se sente desconfortável, tornando-se um risco no trânsito;
Condutor Frustrado – compensa suas decepções ao volante com atitudes agressivas e intolerantes;
Condutor Medroso – representa um risco se não for capaz de reagir normalmente diante de adversidades, mas pode ser positivo se possibilitar ao indivíduo a avaliação e gerenciamento dos riscos;
Condutor com Raiva – reage de forma insensata, perigosa, exagerada e descontrolada;
Condutor Egoísta – incapaz de qualquer gentileza ou cortesia (devido a auto-valorização), cria problemas no trânsito por não ter a capacidade de compartilhar adequadamente o espaço;
Condutor Inseguro – procura compensar sua insegurança realizando demonstrações de perícia;
Condutor Competitivo – encara o trânsito como local de competição, apesar deste ser totalmente inadequado para esta prática;
Condutor Agressivo – não tem dimensão dos riscos e conseqüências de seus atos, o que leva à imprudência e ocasiona acidentes graves;
Condutor Hostil – além de intolerante, costuma discutir e ser agressivo;
Condutor Eufórico – sujeito a variações de humor (“explosão de alegria”) provenientes de alterações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas ou emoções fortes, costuma envolver-se em acidentes devido à imprudência e perda da concentração;
Condutor Introvertido – voltado para seu mundo interior, costuma cometer erros freqüentemente;
Condutor Impulsivo – geralmente não reflete sobre suas ações, o que o torna potencialmente um perigo que combina irresponsabilidade, imprudência e inconseqüência;
Condutor Passivo – não costuma assumir a responsabilidade em situações de trânsito;
Condutor Distraído – tem a atenção desviada por elementos como a música, conversa, objetos, etc. e pode expor-se desnecessariamente a riscos;
Condutor Apressado – está sempre atrasado e comete imprudências para ganhar tempo;
Condutor Pessimista – reage lentamente ou de forma inadequada, pois não tem ânimo e energia, podendo ocasionar vários acidentes;
Condutor Deprimido – caracterizado pela incapacidade emocional e tendência autodestrutiva pode envolver-se ou causar acidentes graves.

E o manual ainda diz: “É possível se encaixar ocasionalmente em um destes perfis. Por isso, é primordial procurar identificar esses comportamentos (pessoalmente e em outros condutores) para desenvolver estratégias mais responsáveis e assumir uma postura consciente e de maturidade.”

E todos esses aí, multiplicados por milhares, estão aí, comigo e com você, em trânsito. De agora em diante, ao ser vítima de um deles em vez de você se danar e perder a cabeça e a paciência, classifique o tipo e redobre a atenção (como aconselha o manual!) pra não agir igualzinho!


terça-feira, 27 de abril de 2010

Medo de Dirigir (Olga Tessari)




Medo de Dirigir

Texto publicado na Revista Corpo & Plástica
Ano III - Edição 15



Subir uma ladeira, estacionar, parar no semáforo ou ter que mudar de pista são atos impossíveis para quem sobre de fobia do trânsito. Você pode encontrar a cura para este distúrbio.

Por Maria Beatriz SantAna



Dar uma volta de carro no quarteirão é tarefa banal para algumas pessoas, os poucos metros são percorridos com facilidade, muitas vezes de uma maneira mecânica. Já para outras, a simples idéia de dar partida em um veículo já causa calafrios. Não é segredo que dirigir um veículo nas grandes cidades, além de ser fundamental, é muitas vezes uma missão impossível: trânsito caótico, motoqueiros e ônibus. Toda essa agitação das ruas das grandes cidades é culpada pela fobia do trânsito em alguns cidadãos.

Na grande maioria dos casos, os medos no trânsito são semelhantes: medo de parar o carro na rampa, medo de deixar o carro morrer e bater no que está atrás, medo de trocar de pista, medo do comportamento de outros motoristas, enfim, medo de tudo o que está relacionado ao trânsito. Eu tenho verdadeiro terror de dirigir. Tenho medo de enfrentar os grande congestionamentos de São Paulo, tenho medo dos outros motoristas, principalmente aqueles que passam correndo ou que estão sempre fechando os outros.

Cheguei a tirar carta, só que nunca peguei no carro. Não consigo nem imaginar como é dirigir o carro sozinha, enfrentar o trânsito, ir ao supermercado, ter que estacionar... já começo a ter calafrios, conta a advogada M.R, de 44 anos.

O que muitos não imaginam é que a solução para essa fobia não está em mais aulas na auto-escola, mas sim no consultório de um bom profissional, que faça com que a pessoa perca o medo de dirigir. Em entrevista à revista Corpo & Plástica, a psicóloga e psicoterapeuta, Olga Inês Tessari, dá mais informações sobre essa fobia.

Corpo & Plástica: Por que algumas pessoas têm medo de dirigir? É uma doença?
Doutora Olga Inês Tessari: O medo de dirigir não é uma doença (no sentido médico), mas um medo irracional que vai se desenvolvendo com o tempo devido a alguns fatores comportamentais/familiares e está relacionado a um determinado perfil psicológico. Por isso a importância de se fazer um tratamento psicológico para vencer este medo.

C&P: É possível traçar um perfil dessas pessoas?
Doutora Olga: Sim. São pessoas com tendências perfeccionistas, com medo de errar, que temem a crítica do outro, são detalhistas e muito inteligentes, responsáveis e preocupadas com os outros. Em sua maioria, são pessoas bem sucedidas em seu trabalho e são muito ansiosas.

C&P: Em quem o medo é mais constante, nos homens ou nas mulheres?
Doutora Olga: As mulheres assumem melhor os seus medos, diferente dos homens que, em nossa cultura machista, não têm o direito de tê-lo, pois a cultura exige deles força e valentia, o que pressupõe a inexistência de medos (e se os tiver, que os resolva sozinho). Em conseqüência disto, a procura por tratamento no consultório é maior por parte delas (cerca de 90%), o que não significa que não haja homens com medo de dirigir(cerca de 10%); ultimamente a procura deles por tratamento tem aumentado.

C&P: Quais sintomas a pessoa apresenta ao ter que dirigir?
Doutora Olga: Os sintomas variam de pessoa para pessoa e também possuem vários graus de intensidade. Mas, em geral, a maioria deles apresenta os seguintes sintomas: taquicardia, palpitação, suores, tremores, falta de ar, enjôos, boca seca, sintomas de uma crise aguda de ansiedade! A pessoa concentra sua atenção nos sintomas físicos e procura fugir deles devido ao sofrimento que eles acarretam, daí a recusa e fuga de situações que a levem a dirigir e, conseqüentemente, as desculpas que ela costuma ter para não dirigir: é muito melhor ser passageiro que motorista, assim eu não me canso e aprecio melhor a paisagem, não preciso me preocupar em estacionar o carro, como passageiro eu não fico estressado com o trânsito, etc...

C&P: Existe tratamento? Como é desenvolvido?
Doutora Olga: O melhor tratamento para isso começa no consultório de psicologia. Algumas pessoas acreditam que aulas de treinamento em auto-escolas irão resolver o problema delas, muitas até fazem isso (tenho uma cliente que fez cerca de 100 aulas) e só percebem, depois de muito tempo, que isto não resolve, porque elas até sabem dirigir bem, tem o conhecimento, a prática, mas na verdade, é o medo que as impede de dirigir, e que só será resolvido com um tratamento psicológico. Há várias técnicas eficazes e rápidas para solucionar o problema e em geral, três meses, com uma sessão semanal, é o tempo suficiente para acabar com o medo de dirigir.

C&P: Há alguma diferença entre medo e fobia de trânsito?
Doutora Olga: A fobia é um medo persistente e excessivo de um lugar, objeto ou situação que de fato não é perigoso. Os pensamentos e crenças que a pessoa com medo de dirigir apresenta a respeito dos sintomas (são insuportáveis, nunca desaparecerão) assim como a atitude das outras pessoas à sua volta, fazendo por ela tarefas ou coisas que ela evita, ajudam a perpetuar o medo.

O que muitos não imaginam é que a solução para essa fobia não está em mais aulas na auto-escola, mas sim no consultório de um bom profissional que faça com que a pessoa perca o medo de dirigir.



Fonte: http://ajudaemocional.tripod.com/rep/id54.html

Jessica Cox - Um exemplo de superação

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ter uma carteira de motorista nem sempre te habilita a dirigir (Denise Roque - Psicopedagoga)




Ter uma carteira de motorista nem sempre te habilita a dirigir.
Enfrentar o trânsito hoje em dia tem sido grande fator de medo em certas pessoas. O pouco treinamento é um dos fatores que acabam gerando insegurança. Os motoristas apressados e imprudentes apavoram aqueles que ainda tentam o seu lugar neste mundo da máquina. Eles acabam por se sentirem dominados pela máquina onde é o homem que tem o domínio e para isto é importante que você conheça todo o funcionamento do carro.

Sente-se confortavelmente e parado acenda os faróis, veja onde é o alto, o baixo, o farolete, passe as marchas, pise no freio, na embreagem, gire o volante, olhe em todos os retrovisores, sinta-se leve, respire fundo e imagine-se dirigindo calmamente. Ainda em sua imaginação quando passar o apressadinho, deixo-o ir e nada responda quando ouvir algum comentário. Só interessa a sua coragem, a sua determinação, a sua liberdade de ir e vir!

Não abandone o seu carro, o seu sonho! Sabemos que o pior de tudo é ser criticado e talvez este seja um dos motivos mais difíceis para quem já tem a sua habilitação que se sente na obrigação de já saber tudo como se fosse um "plugar na tomada". O fato de ter a sua carteira te dá o direito de começar a aprender sem o estresse do exame, da cobrança de dirgir como um robô. E isto leva tempo, não é da noite para o dia. É necessário treino prático e psicológico para algumas pessoas com mais intensidade. O importante é saber que é possível superar, para todas as pessoas, mas pra isto é necessário enfrentar!

Gosto muito do texto de M.J.Ryan onde ela diz: "Se você tem um crítico interior, por que não pode ter um incentivador interior? Podemos apoiar e encorajar a nós mesmos, quando realizarmos qualquer tarefa. simplesmente pare e elogie a si mesmo, em sua mente, mencionando o seu nome em voz alta quando estiver sozinho e observe o efeito."

Autora: Denise Roque - Psicopedagoga
Fonte: Blog Como Dirigir Sem Medo: http://comodirigirsemmedo.blogspot.com/2010/04/ter-uma-carteira-de-motorista-nem.html

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tenho medo de dirigir: Considerações sobre a Amaxofobia




Tenho medo de dirigir: considerações sobre a Amaxofobia
22/09/2009
Andréia Lígia Vieira Correia


O medo de conduzir automóveis é bem mais comum do que se imagina. Neste transtorno, a pessoa experimenta sensação de medo, suores, vertigens, respiração entrecortada, mal-estar no estômago. Pesquisas indicam que cerca de 33% dos motoristas são afetados por esta condição, no entanto são pouco identificados, pois podem escolher não dirigir.

COMO E QUANDO OCORRE?
Este é um processo pelo qual a pessoa percebe o trafego como ameaçador e sente os demais motoristas como perigosos e se sente incapaz de dirigir. Como ocorre na maioria dos transtornos, ocorre uma sensação de alívio ao se evitar o ato, de modo que este alívio age de forma a manter da evitação que se mantém por reforço negativo.

É UMA FOBIA GENERALIZADA?
Não, pois o medo fica restrito ao ato de dirigir, da mesma forma como haver o medo de voar apenas sem prejuízo de outras ações.

QUEM TEM A AMAXOFOBIA?
Um estudo epidemiológico em outro país revelou que 36% dos homens e 64% das mulheres sofrem com esta patologia, que se manifesta com estresse e ansiedade. Em alguns casos, as pessoas podem até dirigir em vias urbanas, mas são incapazes de dirigir em pistas mais movimentadas. Os sintomas podem ocorrer também em pessoas que não dirigem há muito tempo e necessitam dirigir eventual ou frequentemente. A idade média gira em torno de 30 a 40 anos.

SE EU TIVER MEDO DE DIRIGIR, TENHO A AMAXOFOBIA?
Na verdade, é natural haver certo temor em dirigir, visto que se trata, de fato, de uma atividade perigosa, mas no caso deste transtorno, o medo é exagerado, com sintomas graves de ansiedade e impossibilidade/temor de dirigir. Nas mulheres parece haver uma maior consciência desta limitação, ao passo que nos homens, até por razões sociais - socialmente considera-se dirigir um ato de virilidade - o transtorno pode não ser reconhecido ou relatado.

QUAIS AS CAUSAS DO TRANSTORNO?
Muitas vezes o transtorno está relacionado a certos eventos traumáticos, como acidentes de transito, ou ainda se determinada ansiedade como ataques de pânico, por exemplo, ao se dirigir ocorre um ataque de pânico com medo, tremores, suores e a pessoas a partir de então fica com medo de dirigir novamente. Parece que em algumas mulheres, pela exigência de seus instrutores, geram insegurança no dirigir que leva a uma posterior amoxofobia. Outros fatores incluem dirigir com fatores climáticos adversos, dirigir à noite, a responsabilidade de levar ocupantes etc. podem predispor a amaxofobia.

O QUE FAZER?
Este transtorno prejudica a vida da pessoa e causa limitações. Normalmente as pessoas voltam à auto-escola para corrigir o problema ou ainda procuram ajuda de familiares ou profissionais. Na verdade, o que está claro é que se pode corrigir, porém muitas vezes a técnica utilizada para tal envolve uma abordagem múltipla, que envolve modificar a idéia sobre a ameaça externa e sobre a sua própria auto-imagem.

QUAL O OBJETIVO DO TRATAMENTO?
O objetivo final é que a indivíduo seja capaz de desenvolver uma exposição de modo racional e controlado. O tratamento começa com sessões de psicoterapia, depois se utiliza um veículo para circular por zonas tranqüilas. Por fim, com a ajuda de um profissional inicialmente e depois sozinho, mas seguido pelo profissional, dirige-se por zonas mais trafegadas. Outras recomendações incluem evitar o consumo de álcool e de medicações ao dirigir.



Fonte: http://www.cienciasmedicas.com.br/sistema/artigo.php?idArtigo=1160

Amaxofobia (O Medo de Conduzir)




A Amaxofobia é determinada por um medo irracional de conduzir, diferente da apreensão inerente à grande circulação diária de veículos, circulação noturna ou mau estado do tempo, circunstâncias capazes de dificultar a condução.

Podemos dizer que amaxofobia evidencia-se quando o trânsito passa a ser percebido como uma ameaça irracional e conduzir gera níveis de ansiedade e stress anormais interferindo no nosso dia a dia.

A ansiedade surge da experiência com eventos adversos que intensificam processos internos, além de suprimir alguns comportamentos operantes.

A sensação de falta de controlo que esta experiência desconfortante produz, seguida por uma série de pensamentos catastróficos a respeito da experiência, causa um choque emocional e um forte receio diante da possibilidade de que a crise se repita e produza realmente um acidente rodoviário.

De modo geral, os amaxofóbicos costumam reagir de duas maneiras:

1. restringem as estradas pelas quais circulam;

2. deixam de conduzir;

Este comportamento dá-se de forma gradual ou radical, pois o individuo acredita que deixar de conduzir é a solução para o seu problema.

Alguns especialistas afirmam que o comportamento de recusa torna os indivíduos negativos e inflexíveis. Desta forma, comportamentos observados em consultório como atitudes rígidas, perfeccionismo, crenças e expectativas catastróficas na maneira de perceber seu desempenho no trânsito e, sobretudo uma seleção errada dos estímulos relevantes para tomar decisões adaptadas à exigência da situação também são fatores que devem ser explicados.

Abordar o tratamento para a amoxofobia é da responsabilidade de um terapeuta comportamental e cabe a este demonstrar a ação dos eventos adversos na vida do cidadão amaxofóbico, bem como auxiliá-lo a discriminar como esses eventos adquiriram as funções adversas.

Para os terapeutas, divide-se o processo de extinção em pequenos passos e cria-se uma escala crescente de intensidade registrando quais os estímulos relacionados, que ao conduzir causam maior ou menor medo.

Ao dar início ao processo, é explicado como conduzir, descrevem-se os erros e as consequências e detalhadamente a forma correta de o fazer.

A pessoa é orientada ainda sobre alguns componentes necessários ao tratamento:

a) componentes da ansiedade;

b) funções dos eventos adversos;

c) discriminar as sensações do corpo;

d) respostas ao medo;

e) habilidades no controlo de emoções.

O passo seguinte é solicitar à pessoa que enuncie por escrito cada umas das etapas anteriores.

A partir daqui, pratica-se algumas técnicas de relaxamento diário pelo menos duas vezes ao dia.

Além da intervenção terapêutica convencional, é de extrema importância o apoio familiar, de forma activa e constante, incentivar aos exercícios práticos e nas tarefas corretas da condução automóvel.


Fonte: http://segurancarodoviaria.blogspot.com/2010/02/amaxofobia-o-medo-de-conduzir.html?zx=97e5adf0fa6d69a8

domingo, 18 de abril de 2010

Vença o Medo de Dirigir




Livro reúne casos e dicas práticas sobre a dificuldade em assumir o volante.

Publicado em 12/12/2008

O movimento é simples, envolve basicamente uma rotação de punho e alguma pressão nos dedos. Mas os pés suam, as mãos pingam e a barriga gela. Os pensamentos entram em ebulição, você perde o controle de si e só tem vontade sair correndo do carro.

O medo de dirigir surge, muitas vezes, sem explicação concreta. Há muita gente, mulheres na maioria, que nunca encostou num volante e, mesmo assim, sente calafrios só de pensar em assumir o banco do motorista. "Em geral, são pessoas que querem garantias de que tudo vai dar certo antes mesmo de fazer alguma coisa", afirma a psicóloga Neuza Corassa, autora do livro Vença o medo de dirigir (Editora Gente; 176 páginas). "Por ser uma pessoa que pensa bastante e faz tudo no nível do pensamento, ela coloca obstáculos que, na prática, não seriam tão grandes como se apresentam no imaginário".

O resultado? Dirigir deixa de ser algo possível, entrando para o terreno de atividades impossíveis. Na maioria dos casos, segundo a psicóloga, as vítimas desse tipo de problema só buscam depois de tentarem resolver o sufoco sozinha. Entre as medidas mais comuns, está a compra de um carro (como se ele pudesse forçar a prática ao volante, pedir socorro aos colegas. O comportamento, inclusive, deu origem à chamada Síndrome do carro na garagem, que aflige pessoas com habilitação, mas sem coragem sequer de ligar o veículo sem a companhia do instrutor.

Uma das pioneiras nos estudos sobre o medo de dirigir, Neuza Corassa apresenta uma série de dicas e técnicas que, testadas em consultório, já ajudaram muita gente a vencer as críticas e o sofrimento por não conseguir virar a chave e sair por aí. "Depois de perderem o medo, os pacientes deslancharam também em outras áreas, como a profissional e a dos relacionamentos afetivos", afirma a especialista.

Se você pertence ao grupo que sonha em ganhar independência, indo para qualquer lugar sem depender de ninguém ou de condução, saiba que se livrar dos pensamentos sabotadores sé o primeiro passo. A seguir, conheça alguns dos principais mitos que precisam ser derrubados se você deseja, realmente, assumir a direção.

1. Não tenho intimidade com o carro: a idéia de que o carro é um desconhecido serve como desculpa para muita gente evitar o volante. Mas se você não se aproximar dele, é impossível vencer o problema. É você quem comanda, ele serve de transporte , escreve a autora de Vença o medo de dirigir.

2. Tenho dificuldade de dividir espaço: estar no trânsito implica diálogo e respeito com outros motoristas e com os pedestres. Mas a prática também exige uma boa dose de iniciativa (para fazer ultrapassagens ou mudar de faixa, por exemplo). Se você não der seta, nenhum carro vai saber que você precisa virar à direita ou à esquerda. As normas também são as mesmas para todos: carros simples e sofisticados devem seguir os semáforos e obedecer às placas. Não há privilégios e, quando você entende isso, fica mais fácil ocupar o eu espaço sem invadir o do outro.

3. Dirigir é difícil: decorar comandos, conciliar os pés, olhar nos espelhos, ajustar os bancos... quando pensa em tudo que precisa fazer enquanto fica ao volante, você treme e não entende como tem gente que ainda consegue ouvir música e conversar ao mesmo tempo em que conduz. Seu desespero, no entanto, mascara a simplicidade dessa atividade. "Dirigir é simples porque é uma atividade composto de movimentos repetitivos: trocar as marchas, andar na faixa, recomeçar a cada parada no semáforo", afirma a psicóloga. Com a prática, todo esse circuito é automatizado e você nem pensa mais antes de agir.

4. Passei da idade e meus reflexos são mais lentos: para esta desculpa, a psicóloga é taxativa. "Não é porque você está numa faixa etária maior que terá dificuldade para dirigir. No que tange à capacidade de aprendizagem, a única diferença é a ousadia que o pessoal mais jovem apresenta".

5. Não sei nem andar de bicicleta, quem dirá dirigir: pense friamente: o que uma coisa tem a ver com a outra? Você deixa de usar o celular por que não joga videogame ou esquiva-se de andar porque não anda de patins? A desculpa é uma das mais estapafúrdias e não tem relação direta com o medo de dirigir. Há ótimos motoristas que nunca pedalaram e há quem pedale muito bem sem saber dirigir.

6. Tenho medo de que batam no meu carro: pensar o que passa pela cabeça das centenas de motoristas que cruzam seu caminho é tarefa impossível. Mas, numa olhadela rápida, você vai notar que todos são pessoas em trajeto de trabalho, levando crianças para a escola ou fazendo outras atividades do dia-a-dia, como você. Acidentes acontecem, mas não há como prevê-los ou achar que ficar em casa é a solução para se proteger deles.

7. Os congestionamentos me sufocam: perder a calma quando uma fila infinita de carros forma-se à sua frente está longe de ser uma reação estranha. Mesmo os motoristas mais experientes tema paciência esgotada. Dizer que isso é bom é mentira. Mas, como diz a psicóloga, você encara elevadores cheios e lojas superlotadas caso precise, certo? Então dê uma chance a si mesmo e veja como você lida com mais este teste.

Liquide a sabotagem

Além de mudar seu jeito de pensar, tome atitudes que vão acelerar sua intimidade com o volante.


Em vez de...

Esperar aprender feito mágica, treine a direção. Como numa aula de dança e de pintura, quanto mais prática, melhor o resultado.

Sonhar em aprender do dia para a noite, valorize cada conquista. Observe sua evolução nas ruas e, até mesmo, na garagem de casa.

Querer dirigir igual aos profissionais, contente-se em circular pela cidade no seu ritmo. Aos poucos tudo vai ficando mais fácil e você descobre que não necessidade de competição.

Aguardar que alguém ofereça o carro para você treinar, peça. Assuma responsabilidade por ele e não se cobre tanto. Deixar o carro morrer ou ter dificuldade nas ladeiras é mais do que normal. Desligue, comece de novo e, se for o caso, peça ajuda.

Achar que o carro transforma você em outra pessoa, seja você mesmo. Ignore as pressões externas e vá vencendo suas dificuldades no seu ritmo, mas sem abandonar seu objetivo.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/conteudo/4044-Venca-o-medo-de-dirigir.htm

Depoimentos




"Eu ainda me vejo cobrando quando não consigo fazer uma curva milimetricamente perfeita. Ainda sinto um pouco de aflição quando estaciono o carro meio torto. Ainda há vontade de repetir um caminho inúmeras vezes até que eu perceba que fiz com perfeição. Além destas, há outras pequenas cobranças que antes me causavam sofrimento e que agora consigo encarar com humor. Não há motivos para me condenar por esses pequenos erros.

Estou valorizando todos os acertos, quaisquer que sejam os seus tamanhos. Hoje sei que posso ser um bom motorista sem precisar andar por aí munido de régua, esquadro e compasso. E o melhor de tudo, hoje não preciso inventar desculpas para fugir do medo de dirigir, eu o enfrento.

Não foi uma conquista fácil. O medo criava na minha mente uma série de fantasmas, com os quais eu não conseguia lidar. E o carro sempre estava lá disponível. Vontade de pegá-lo eu tinha, mas coragem não.

Agora sei que sou capaz de dirigir, como qualquer outra pessoa. Agora sei que não vou cair, mas se eu cair vou levantar. Aquele medo, aquele monstro enorme cheio de garras e de dentes não existe mais, ele se tornou menor, pequeno, fraco. Aprendi a encará-lo, enfrentá-lo e estou apreendendo a dar-lhe razão somente quando ele tiver razão.

Foram degraus de uma escada que precisei subir um a um. Cai e me desanimei várias vezes, é verdade. Teve momentos que pensei: “Não vou conseguir! Vou desistir!” E vejam só! Consegui! Que sensação boa! Não demorou tanto quanto eu pensava que demoraria.

Obrigado a todos que me ajudaram descobrir mais coisas sobre mim!"

J. C.

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"Medo de dirigir, medo de parar o carro na ladeira, ele recuar e bater no carro que está atrás, medo do carro morrer, achar que não será capaz de manobrar e estacionar o carro corretamente; medo de trocar de pista; medo de bater o próprio carro e causar um grave acidente; medo do comportamento imprevisto de outros motoristas (os imprudentes e os apressadinhos); medo de não saber agir se algo der errado; medo do que vão dizer as outras pessoas: “Barbeira”...

Sim, todos esses medos eu tinha, mas agora graças a Deus está resolvido, temos que enfrentar. Você enfrentado esse medo, aos poucos ele desaparece, temos que ter pensamentos positivos e coragem, pois é difícil, mas depois de tudo conquistado, você vai dizer: “Enfrentei e conquistei o que eu mais queria e precisava em minha vida”."

“Nunca esqueça”
Meta a gente busca
Caminho a gente encontra
Desafio a gente enfrenta
Vida a gente inventa
Saudade a gente mata
Sonho a gente realiza

F. L.

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"Enfim,
Consegui passar por mais uma etapa em minha vida;
Superar o medo de dirigir!


Não foi uma tarefa fácil.
Cheguei a pensar que não conseguiria, pois o medo faz a gente pensar: “Você não é capaz”.

Fiz propósitos e orações, fiz novenas...Levei alguns anos até que descobri que o melhor era aprender com um profissional especializado. Fio o começo da solução...

Hoje, voltei a dirigir, respeitando meu limite...Entretanto, no trânsito de maneira cautelosa...Percebendo que dirigir é mais do que guiar carro é vencer limites.

Notei que aquela imagem que eu tinha de correria desesperada dos motoristas querendo passar por cima do outro, já não existe mais.

Quando lembro que meu coração batia tão forte que parecia que iria arrebentar, sentia falta de ar, tremedeira nas pernas, suor excessivo e sentia que não conseguiria sair do lugar, eu sentia tanto medo!

Hoje me sinto como uma motorista comum, dentro dos meus limites naturais e sem paranóia de ter medo do ridículo e do parecer boba. No trânsito, aprendi que somos todos iguais nas nossas diferenças.

Aqui na auto-escola descobri que vencer o medo de dirigir não depende somente de força de vontade e sim de mudança de comportamento e é preciso se convencer de que isso acontece passo a passo e que não devemos permitir que a pressa atrapalhe. Aprendi que devemos ter calma paciência e a decidir pela mudança, por uma vida melhor.

O que um dia parecia impossível, agora se tornou inevitável. Estou dirigindo!"

S. P. F.


Fonte: http://delas.ig.com.br/materias/209501-210000/209570/209570_1.html

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Medo de Dirigir




Uma coisa tão simples e rotineira como pegar um carro, entrar, colocar o cinto, colocar na primeira e sair pela cidade dirigindo, para muitas pessoas é motivo de pânico e suar frio. Não há um número especifico, mas estima-se que metade das pessoas que são habilitadas tem medo de dirigir. E esse tal pânico ao volante pode ser causado por um acidente que a pessoa passou e a partir de então fica traumatizada e não pode nem chegar perto de um volante. Outras realizam as aulas teóricas de auto-escola, passam em todos os exames, mas na hora que pegam a carta em mãos não têm coragem de sair por ai dirigindo. Esse comportamento é mais normal que você imagina, fazendo com que muitas pessoas ainda passem por dificuldades de locomoção pelo simples de guiar o carro que está parado na sua garagem.

Veja algumas técnicas que você pode usar para vencer o tal medo ao volante.

Frequentemente realize exercícios de respiração, inspire e expire o ar com muita calma, isso ajudará você a lidar melhor com sua ansiedade. Praticar exercícios físicos também é uma boa, já que se exercitando seu corpo libera endorfina, neutralizando a noradrenalina, substância que é responsável pela tremedeira na hora de dirigir. Uma atividade ideal é a ioga. Outra coisa é trabalhar a concentração, sempre que você se imaginar dirigindo, pense que tudo está correndo bem e condicione a sua mente a sempre pensar em coisas boas quando o assunto é dirigir. Pois, assim você vai acabar se convencendo disso, que não há nenhum perigo em dirigir, desde que você tenha cuidado e atenção. Para você se conscientizar que você é que tem o controle na hora de dirigir, entre no carro ai mesmo na sua garagem e dê a partida, faça pequenas manobras ai mesmo, sem sair da garagem.

Assim você vai ver que o carro não pode sair do seu controle, pois é você quem está no comando. Já quando decidir sair a rua dirija apenas em lugares pouco movimentados e mais conhecidos por você. À medida que sua confiança e segurança virem crescendo, vá expandindo o seu trajeto para lugares de mais movimento.

Garanto que com essas dicas em mais ou menos tempo você vai estar por ai até subindo ladeiras.

Fonte: http://www.guiadicasgratis.com/como-superar-o-medo-de-dirigir/

É possível superar o medo de dirigir?




No Brasil, 70% dos que apresentam essa dificuldade são mulheres

Publicado em 20/11/2007

Segundo o Detran de São Paulo, entre motos e automóveis, a cidade de São Paulo ganha, por ano, 317.550 novos veículos. São mais de 820 veículos por dia que ganham as ruas. Em meio a motoboys, ônibus, caminhões, bicicletas e carros espremidos no caótico e precário tráfego na cidade de São Paulo, não é raro encontrar motoristas que declaram ter medo de dirigir pela cidade. São pessoas que relatam suor, tremedeira, taquicardia e até mesmo vontade de sair correndo, quando estão ao volante. Estima-se que para cada grupo de 100 indivíduos, seis têm medo de dirigir.

No Distrito Federal, segundo o Detran-DF, o medo de dirigir deixou de ser um problema particular do motorista e tornou-se causa de acidentes graves na região. Atenta ao problema, a Diretoria de Educação do Detran-DF, em parceria com clínicas psicológicas da cidade, criou o curso de Iniciação à Superação do Medo de Dirigir, que abriu sua primeira turma neste mês de setembro. As aulas são voltadas para motoristas com habilitação, mas que não têm coragem de dirigir; quem tenta e não consegue passar nas provas de habilitação ou quem nem mesmo consegue iniciar o processo de obtenção da carteira de motorista.

Os medos em relação ao carro mais freqüentes são o de tirar o carro da garagem, subir ladeiras, estacionar, atropelar alguém, bater o carro... Por fim, o indivíduo acaba evitando o carro, até mesmo deixando de comprá-lo, apresentando várias desculpas para não dirigir. O medo de dirigir é comum na maioria das pessoas e faz parte do dia-a-dia de muita gente. Está associado aos transtornos de ansiedade que acabam provocando limitações, baixa auto-estima e dependência de outras pessoas, dificultando o enfrentamento de situações cotidianas do indivíduo.

Por que o medo surge?

Dentre os fatores relacionados ao aparecimento do medo de dirigir estão acidentes graves ou leves; a falta de autonomia financeira, pois quem não tem condições de ter um carro pode ficar inseguro em dirigir o carro de outrem; uma sensação de mal estar em relação a lugares fechados, o que também pode ser estendido ao carro; um desconforto em relação a situações externas, como por exemplo, um assalto, um seqüestro relâmpago.

Porém, a maior causa que leva uma pessoa a ter medo de dirigir está relacionada ao seu próprio tipo de personalidade, pois, o ato de dirigir acaba expondo o indivíduo às criticas e observações de outros. Hoje em dia, dirigir um veículo se tornou uma necessidade e o não dirigir promove uma discriminação pelo grupo social familiar e profissional em que o indivíduo vive. Aprender a guiar um carro é mais uma etapa das diversas aprendizagens que podemos ter durante a vida. É uma conquista que também simboliza independência. É poder, por assim dizer, se locomover de uma maneira mais rápida, chegar e sair dos lugares, sozinho ou acompanhado.

É possível superar este medo?

Para cada caso é possível um tratamento. A solução pode ser a realização de mais aulas de direção para um maior aperfeiçoamento ao dirigir, como também pode passar por sessões de psicoterapia, com o intuito de compreender melhor os processos psíquicos individuais que levam cada um a ter uma reação de desconforto perante a situação de guiar um carro. É possível superar esta fobia, trabalhando os aspectos emocionais e práticos ao mesmo tempo, através do resgate da auto-estima, da redução da ansiedade, ressaltando os aspectos positivos da personalidade deste motorista, levando-o ao auto-conhecimento.

Para enfrentar o medo de dirigir, é preciso:
Assumir o sentimento de medo, não sentindo vergonha, pois, este é um problema comum que é possível ser resolvido;

Sentir motivação para querer dirigir, enfrentando o problema;

Persistir e treinar, não encarar o carro como algo estranho a você.



Você já teve medo de dirigir? Como superou?
Adriana de Araújo é Psicóloga clínica e hipnoterapeuta ericksoniana.
Para saber mais, acesse: www.curadaalma.com.br

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Medo de Dirigir




Você sabia que existem milhares de pessoas que tem carteira de motorista, um carro na garagem e não estão dirigindo por não se sentirem seguras? E que, alem destas, outras milhares de pessoas estão sofrendo nas auto-escolas tentando aprender a dirigir apesar da enorme ansiedade, ou tentando passar no exame de direção depois de varias tentativas frustradas e de muito nervosismo? E outras tantas que sequer cogitam a possibilidade de entrar na auto-escola por não acreditarem que possam aprender a dirigir com tranqüilidade e segurança? Pois este quadro é bem real e posso confirmá-lo através de pesquisas que fiz, alem de inúmeros clientes que recebi em meu consultório com esses tipos de problemas.

O público mais atingido é de pessoas (na maior parte mulheres) com mais de 30 anos de idade e uma hipótese que levantei é de que indivíduos nesta faixa etária geralmente só começam a dirigir na auto-escola e não tiveram contato com o carro quando eram mais jovens, época em que não se tem muitas responsabilidades.

Geralmente são pessoas responsáveis, corretas, inteligentes e que são bem sucedidas naquilo que fazem, se cobram demais e não se permitem errar, e geralmente vão aprender a dirigir não porque querem mas porque precisam, seja pra levar os filhos na escola, a mãe no médico, por pressão dos outros, etc.

Então elas entram na auto-escola para aprender a dirigir, e aí começa a dor de cabeça. Tenho percebido que o que acontece é que não há uma preocupação por parte da maioria destes estabelecimentos de ensino em averiguar que tipo de aluno estão recebendo, o que seria útil para poderem planejar uma metodologia de ensino adequada para cada um. Geralmente o que acontece é que o ensino é muito rápido, estressante, frustrante e é passado como verdade pra elas que todo mundo se torna motorista com apenas algumas poucas aulas de direção.

Muitos alunos vão para o exame de direção, totalmente despreparados técnica e emocionalmente tendo que enfrentar uma cobrança enorme por parte da banca examinadora que permite uma margem muito pequena de erros. Em mais da metade dos casos isso acaba com uma reprovação e mais frustração.

Finalmente, por causa da imensa garra e perseverança que essas pessoas tem, elas conseguem passar no exame e tiram a tão sonhada carteira de motorista. Pena que a alegria dura pouco. Para a maioria agora é que o problema realmente começa. Elas percebem que apesar de ter a carteira, ainda não se sentem seguras pata enfrentar o trânsito sozinhas. Por causa da cobrança e pressão dos outros ou de si próprias elas começam então a enfrentá-lo assim mesmo e acabam por bater o carro ou passar por situações de muito estresse e/ou constrangimento. Com o tempo vão arrumando desculpas para não dirigir e se afastam completamente do carro. Isso gera muita frustração.

Ações se fazem necessárias para minimizar esse quadro. Em minha opinião ajudaria muito se as auto-escolas se preocupassem em conhecer melhor quem é o aluno que chega, através de um levantamento de informações pertinentes para promover a elaboração de um plano de ensino para este aluno em particular aprender a dirigir. Penso que além de preparar o aluno para passar no exame de direção, ele deveria ser preparado para se sentir seguro e com autonomia para continuar praticando depois de tirar a carteira de motorista.

Procurei traçar neste artigo um quadro geral do que tenho percebido, não sendo minha intenção indicar culpados e sim chamar a atenção para esta realidade, oferecendo sugestões de mudança e propostas de atuação e desde já, coloco-me à disposição de qualquer pessoa, empresa ou entidade interessada em conhecer melhor o meu trabalho.

Se você, que está lendo este texto, conhece alguém que está com problemas para dirigir mostre-o para a pessoa, para que a mesma possa se contextualizar e perceber que o problema não é só dela, e também para seus amigos e familiares para que entendam a questão e possam ajudar também.

Fonte: http://www.artigonal.com/saude-artigos/medo-de-dirigir-1363190.html

O que falta na preparação do futuro condutor?




A notícia de que 6 em cada 10 candidatos a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação são reprovados no exame prático de direção é algo realmente assustador.

O que será que está faltando no processo de preparação destes candidatos? Alguns pontos de vista podem ser levantados: falta de preparo dos instrutores, tempo muito curto dos cursos teóricos e práticos, critérios inadequados de avaliação nos testes teóricos e práticos, falta de educação de trânsito a longo prazo, entre outros.

Na notícia acima, um dos fatores enfatizados para que este número de reprovações esteja tão alto é a falta de preparo dos instrutores. Podemos dizer que os cursos que preparam os instrutores são, em sua maioria, muito curtos e existem até cursos à distância. Se fizéssemos uma avaliação criteriosa a respeito de regras de circulação, direção defensiva e legislação de trânsito com os instrutores em geral, poderíamos descobrir que muitos não têm informações e nem condições de atuarem como instrutores. Ouço muitas críticas a respeito da sua qualidade profissional, mas não podemos generalizar. Será que o instrutor é o único responsável por esta situação de reprovação?

Se o aluno está reprovando é porque não está aprendendo. Por que ele não está aprendendo? Neste caso há fatores relacionados ao instrutor, ao aluno, às condições de trabalho, ao tempo dos cursos, etc.

Será que o instrutor está sendo preparado adequadamente para ensinar uma pessoa a ser motorista? Ser motorista é muito mais do que saber “guiar o carro para passar nos testes”, mas implica em responsabilidades que vão além dos cuidados com a própria vida.

O instrutor foi preparado para lidar com as questões psicológicas do aprendiz, tais como comportamento impulsivo, medo de dirigir, insegurança, ansiedade, agressividade?

Como o instrutor é visto pela sociedade, como está a valorização desta profissão? O que se quer são bons profissionais, mas desde que custem pouco. Que contradição!

O profissional que ensina a dirigir deve ser muito bem preparado, pois instruir não é tarefa fácil, precisa ser levada com a maior seriedade e considerar o trânsito violento que o Brasil possui.

Por isso acredito ser fundamental cursos mais longos e de qualidade, defendo a reciclagem para instrutores, cursos de aperfeiçoamento em diversas áreas para que os mesmos não fiquem “parados no tempo”, que sua prática não caia na rotina, que os instrutores mais novos possam desenvolver-se profissionalmente adquirindo gradativamente mais conhecimento.

Este desafio poderia ser assumido pelos Detran’s pois são as instituições mais envolvidas com as questões do trânsito, desenvolvendo projetos de prevenção de acidentes e de educação de trânsito. A formação de qualidade dos instrutores e dos motoristas é uma questão de urgência e deve ser encarada com muito mais seriedade pelos órgãos legislativos e executivos de trânsito.


Fonte: http://www.blogdotransito.com.br/?p=276

terça-feira, 13 de abril de 2010

Livre-se do medo de dirigir




10% dos motoristas no Brasil deixam o carro na garagem... Não por alguma súbita consciência ecológica, mas por medo de dirigir mesmo. Além de lidar com esta fobia, eles precisam enfrentar o preconceito de uma sociedade que tem orgulho em andar motorizada


POR AGUINALDO PETTINATI
FOTOS FERNANDO GARDINAL

Qual jovem nunca teve o sonho de liberdade de sair dirigindo um carro sem rumo? O automóvel, objeto de desejo para muitos e sinal de status e poder para outros tantos, também pode trazer consigo uma doença ainda vista com preconceito, a fobia de dirigir

A curitibana Neiva Maria Piloni, de 42 anos, tirou a carteira de motorista há 12, tinha um carro à disposição em sua garagem, mas conseguiu dirigi-lo apenas duas vezes. "No princípio não entendi o motivo, só queria afastar o veículo de mim", lembra.

Neiva apresentava todos os sintomas clássicos dessa fobia. "Quando me aproximava do carro, não sentia mais meu corpo, suava e tremia. Um dia, vi o carro crescer à minha frente, como se fosse um monstro", conta.

Ela e sua família eram as principais prejudicadas. "Levava minhas filhas para a escola a pé, de ônibus ou de táxi, e, à noite, me preocupava se no dia seguinte iria chover". Só após quatro anos, ela descobriu que o temor que sentia era uma doença.

E buscou ajuda. Aos poucos, por meio de consultas semanais e um processo de relaxamento com uma psicóloga, Neiva se livrou do medo.

"Hoje sou outra pessoa e enfrento qualquer situação com o meu automóvel", comemora a curitibana.

Medo, fobia ou pânico?

O medo controlado cria barreiras para nossas atitudes e nos protege de várias situações. Em excesso, ele vira uma doença. De acordo com Miguel Roberto Jorge, professor associado e chefe da disciplina de Psiquiatria Clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o medo é uma manifestação normal diante de situações que são ameaçadoras para as pessoas.

Já o pânico corresponde à situação em que a pessoa se sente muito aflita ou desesperada diante de algo. "Em psiquiatria, este estado emocional se refere a um conjunto de sinais e sintomas, como intensa ansiedade, tremores, sudorese, palpitações, medo de morrer ou de perder o controle - situação esta, aliás, que pode ocorrer sem causa aparente ou diante de um fato estressante e que dura alguns minutos", conta o médico. Estas condições, habitualmente, são reconhecidas como diferentes transtornos de ansiedade, e as causas podem estar associadas a uma predisposição genética ou a experiências de vida e comportamentos aprendidos.

Porém, nem todo medo é fóbico. "Se uma pessoa apresenta fobia de dirigir, provavelmente ela já possuía, anteriormente ao quadro, algumas características de personalidade que incluem o fato de sempre ter sido uma pessoa medrosa e que, a partir de uma má experiência em um carro (um acidente, por exemplo), pode passar a ter um medo exagerado e a não querer mais dirigir", avalia o professor Miguel Jorge (Unifesp).

Além disso, "o maior sofrimento da maioria está mesmo no medo de errar e atrapalhar o trânsito", diz a psicóloga Neuza Corassa. As pessoas que sofrem desse mal têm dificuldades em se expor publicamente; errar na frente dos outros; ser criticada; passar por testes e ser ridicularizada.

Para piorar, é mais difícil de serem tratadas. "Quem sofre algum trauma se recupera mais rapidamente, porque a imagem do carro não fica distorcida. Já quem tem fobia, costuma ficar paralisado. A avalanche de adrenalina faz com que a pessoa não raciocine", explica a psicóloga Neuza Corassa.

A especialista Cecília Bellina ainda alerta: "os fatores externos também podem agravar o quadro.

"O trânsito agressivo e mal-educado pode influenciar, assim como a aprendizagem rápida nas autoescolas, em apenas 15 aulas", diz.

TESTE E CONFIRA SE VOCÊ TEM FOBIA

O questionário foi elaborado pela perita examinadora de trânsito e psicóloga Jucelaine Vegh, que trabalha em parceria com diversas autoescolas de São Paulo. Caso a sua resposta seja 'sim', para pelo menos três questões abaixo, procure ajuda especializada para voltar a dirigir.

1 - Você tem medo mesmo antes de sair com o carro?
2 - Sofre de angústia antecipada? (Por exemplo, fica angustiada à noite, se vai dirigir pela manhã?
3 - Tem insônia por causa do dever de dirigir?
4 - Apresenta tremor e sudorese ao entrar ou pensar no carro para dirigir?
5 - Ao pensar em dirigir você chora e tem dor de barriga?
6 - Pensa que o carro tem vida própria?
7 - Possui medo de lidar com o carro?
8 - Dá desculpas para protelar o ato de dirigir?






Fonte:
http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/44/artigo46851-1.asp

http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/44/artigo46851-2.asp